A história da F1 in Schools no Brasil não foi marcada pelas equipes mais dispostas a trabalhar duro, nem pelas mais técnicas e proficientes nas diversas áreas do projeto, mas sim por aquelas que estavam dispostas a pedir ajuda e aprender com quem já trilhou o mesmo caminho antes, ou seja, entender o caminho de um campeão.
A história da ONE começa realmente com a primeira vez que uma equipe brasileira esteve disposta a mentorar novos ingressantes, por perceber que só assim o nível brasileiro seria elevado a um patamar competitivo em uma Final Mundial. Essa equipe foi a Brazilian Six de 2018, que após participar da Final Mundial em Singapura e obter o 23º lugar, decidiu não abandonar a competição e se tornar uma base para uma futura geração.
Assim surge a Brazilian Six de 2019, composta por membros inicialmente muito engajados, mas perdidos com a imensidão de conhecimento e trabalho que é a F1 in Schools. Esse sentimento de estar perdido é comum a todos que começam no projeto, e surge pela falta de artigos, pessoas, vídeos e conteúdos dedicados a ensinar e desmistificar o processo de criar e crescer uma escuderia.
Artur Paparounis, Engenheiro Chefe da geração de 2019 da Brazilian Six sempre percebeu essa dificuldade entre as equipes e em sua própria vivência, tendo que aprender a ser um engenheiro com vídeos sobre Fórmula 1 e em livros de Física, um pouco chato né? Mas naquela época era necessário, tendo em vista que não havia outros recursos. Mesmo sendo mentorado, ele demorou a entender o jeito certo de testar e analisar um carro de F1 in Schools, e mais ainda para começar a pensar em inovações reais que fariam sentido.
Após a Competição Regional de 2019, onde tiveram muita dificuldade, os membros da Brazilian Six se aproximaram ainda mais de seus mentores, pedindo ajuda sempre que tomavam decisões e buscando realmente entender como fazer um bom Marketing e Design, como conversar com empresas e como criar um carro competitivo. Nesse processo, buscaram também empresas de consultoria empresarial para ajudá-los a montar suas apresentações de patrocínio e seu plano de negócios.
A experiência de seus mentores na Final Mundial também ajudou os membros de 2019 a se profissionalizar e inovar em todas as áreas, indo muito além do trabalho feito pela geração anterior, mas trilhando o mesmo caminho e seguindo os mesmos princípios básicos aprendidos.
O resultado de todo o trabalho feito e de toda a tutoria recebida foi o mais realizador possível. A Brazilian Six chegou em 8º lugar na Final Mundial em Abu Dhabi, tendo uma engenharia, apresentação verbal, gestão de projetos e um carro competitivos perante equipes de muita tradição na competição.
Ao voltarem, os membros estavam muito dispostos a continuar a tradição da equipe e mentorar outra geração.
Ao sul do Brasil, outra história também acontecia de forma simultânea, surgia a Spark. No final de 2018, alunos do SESI de Criciúma foram convidados a participar da competição que já tinha classificação diretamente para a etapa nacional do SESI, no ano que iniciava o projeto com organização da instituição. Com o início do Nacional do Sesi, surgem 2 equipes de jovens de Santa Catarina, buscando se desenvolver no projeto, a Spark e a Cheetah. Porém, como todas as equipes sem experiência, falharam muito em sua organização, gestão de projetos e engenharia, acabando respectivamente em 6º e 13º lugar em um Nacional do Sesi ainda em desenvolvimento.
Após esses resultados o líder da Cheetah, Pedro Lage, se junta a Spark em busca de um recomeço no projeto. Percebendo que a Spark tinha caído nos mesmos erros que a Cheetah, Pedro tem a ideia de que só cresceria sua equipe e criaria uma tradição de F1 in Schools em sua escola com a ajuda e o conhecimento de quem já tinha participado e tido alto desempenho na F1 in Schools. Com isso, ele assume a liderança da equipe e junto com outros membros sai em busca de conhecimento em todos os locais possíveis, equipes internacionais de sucesso, a organização da F1 in Schools e claro, ele buscou ajuda com a atual campeã nacional da época, Brazilian Six.
Essa vontade de aprender levou a Spark a estreitar suas relações com a geração de 2018 e 2019 da Brazilian Six, mas especialmente com João Vuolo e Artur Paparounis, que se tornaram importantes mentores para a equipe. Enquanto Pedro trabalhava duro com a Spark, se tornando campeão catarinense e conquistando títulos de carro mais rápido e ganhando visibilidade em seu estado e nas mídias sociais, a Brazilian Six desenvolvia seu projeto para a etapa mundial. Essa troca de experiências e jornada simultânea foi fundamental para todos.
Artur Paparounis, mesmo sendo apenas o engenheiro da Brazilian Six, conseguiu ajudar a Spark em todas as áreas, de Gestão de Projetos à Estande. Com meses de conversas online e até um encontro presencial em São Paulo, a Spark aprimorou seu conhecimento e, em 2020, ganhou a Competição Nacional do Sesi, conquistando os prêmios de Melhor Estande e Portfólios, Marketing e Patrocínio e 1° Lugar. Na mesma competição, Artur foi juiz de engenharia, obtendo uma nova perspectiva que o ajudou ainda mais a mentorar a Brazilian Six e a Spark.
Com a chegada da pandemia, a Spark teve muitas dificuldades no trabalho remoto e em um mundo em crise econômica, mas conseguiu chegar competitiva na etapa mundial e conquistou o 21º lugar, tendo um dos carros mais rápidos da competição inteira e o recorde de carro brasileiro mais rápido da história.
Ao voltar do mundial, Pedro tinha um novo desafio pela frente: outra competição nacional que haveria a acontecer de forma online no mês seguinte, e um feito histórico aconteceu.
O maior recorde de premiações de uma equipe em um único campeonato na história. Foram 9 premiações a nível nacional e mais uma classificação para uma mundial. Pedro continuou na competição, contudo, a visão da Spark era mais ambiciosa do que a de participantes anteriores. Não só auxiliar algumas equipes próximas, mas o Brasil inteiro a se elevar no projeto. O sonho era que o Campeonato Nacional brasileiro se tornasse tão competitivo quanto o de países de tradição no projeto, como Grécia, Alemanha, Inglaterra e Austrália.
Com essa visão surge o projeto SAVE, no qual mais de 25 escuderias foram ajudadas diretamente, podendo fazer perguntas e serem auxiliadas por conversas online. Além disso, para trazer o conhecimento de antigos campeões Nacionais e Mundiais para todos no país, surge o projeto Spark with Champions. Esse projeto trazia conversas extensas com algumas das maiores referências na F1 in Schools nacional e mundial, disponibilizando esse conhecimento para todos.
Em sua última participação nacional, Pedro foi vice-campeão nacional do projeto com mais 3 títulos nacionais e ficou em 23º no mundial de 2022, mas seu maior legado nesse novo ciclo foi elevar o nível brasileiro para patamares nunca antes imaginados.
Mesmo com experiências internacionais e muito conhecimento adquirido, Pedro e Artur não se contentaram apenas com suas participações no projeto e decidiram iniciar uma nova etapa, a criação da ONE.
A One Consultoria STEAM surge então para suprir a necessidade de todas as escuderias da F1 in Schools e de equipes de outros projetos de STEAM, e claro, a falta de conteúdo e ajuda disponível daqueles que realmente entendem e viveram o projeto em alto nível.
O objetivo da empresa é passar todo o conhecimento e vivência de Campeões Nacionais para o Brasil inteiro, além de conectar escuderias iniciantes e experientes a referências internacionais e a profissionais nas diversas áreas do projeto. Nada melhor do que ser mentorado por quem já trilhou um caminho do sucesso na competição e sabe as verdadeiras dores de um competidor de F1 in Schools. Você está preparado para o início dessa jornada?